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A Praticagem no Mundo


Os serviços de Praticagem estão presentes em todas as partes do mundo e a profissão de prático surgiu como decorrência da própria existência da navegação.


Com a invenção dos meios de deslocamento, barcos e jangadas, levada pela necessidade do homem transpor águas com seus produtos, no rio Nilo, no rio Eufrades e no rio Tigre, ocorrendo perdas de mercadorias e vidas humanas, fizeram os governantes criarem uma nova atividade, que seria a do reponsável em guiar as embarcações, com segurança, de forma a que chegassem ao seu destino sem perda. Nessa época da idade pré-literária, a partir do período paleolítico superior que temos o registro do ligeiro progresso intelectual do homem, ocorre a atividade profissional, hoje conhecida como prático.


Há mais de 4.000 anos, o Código de Hamurabi já legitimava a praticagem e reconhecia a necessidade de mantê-la imune às pressões econômicas, fixando inclusive o preço do serviço em dois SHEKELS de prata. Na Bíblia sagrada há referências sobre os práticos: “... os teus sábios, ó Tiro, foram os teus pilotos...” (27, Ezequiel). Os práticos eram chamados de Lodeman, que significa “homem guia”. Eles eram peritos no uso do “lodestone” ou “waystone”, minério magnético conhecido como imã, forma primitiva da bússola, através da qual os práticos obtinham a indicação do Norte Magnético.


Naquela época, as embarcações eram diminutas, construídas e propulsionadas utilizando materiais sem qualquer possibilidade de agressão ao ambiente aquático. Os práticos eram empregados para garantir a segurança da embarcação, de seus tripulantes, das cargas e das vias navegáveis.


Exploradores, como Marco Pólo e Vasco da Gama, compreenderam a necessidade dos práticos e freqüentemente empenharam suas viagens contando com os serviços de práticos árabes. Esses práticos exibiam conhecimento de navegação superior e utilizavam equipamentos sofisticados, tal como o “al kamal”, precursor do “octante” e sextante, para determinar a latitude onde se encontravam as embarcações.


Quando Cristóvão Colombo ancorou na pequenina Ilha de Conceição, depois de cruzar a desconhecida região ocidental do Oceano Atlântico, teve “Juan de la Cosa” como seu prático chefe. Além disso, a Caravela “Spaniards” que explorou a costa do Atlântico Norte, o Golfo do México e a costa da Florida trouxe um dos primeiros práticos, identificado como “Anton de Alaminos”, que não só ofereceu sua experiência na extensa costa, mas também a descoberta da corrente do Golfo do México, o que foi de extrema importância à navegação segura de embarcações através de recifes, barras, canais, e o movimento dos bancos de areias, levando assim a estes a sabedoria da navegação em águas restritas e portos.


Por volta de 1500, os espanhóis influenciavam a navegação desde a Espanha até o Caribe. O primeiro governo espanhol e mais importante foi Santo Domingo, La Hispaniola. Mais tarde Havana, em Cuba, tornou-se o centro do governo regional Espanhol. San Juan, em Puerto Rico era outro centro importante. Durante aquele período, despachava-se da Espanha o serviço para as áreas sob seu controle. Faziam-se paradas em St. Augustine ao St. Helena onde embarcavam pilotos locais (práticos) para orientar suas embarcações. Porém, apenas em 1515, surgiu, na Grã-Bretanha, a primeira instituição organizada de práticos.


Hoje, em dia, com o gigantismo dos navios, utilizando derivados de petróleo na propulsão e manutenção, transportando cargas nocivas, em permanente potencialidade de catástrofes ecológicas, o serviço de praticagem também se tornou responsável pela preservação do meio ambiente. As novas leis ambientais consideram crime inafiançável qualquer falha dos práticos, que redunde em agressão à biota aquática.

Fontes

www.lagoadospatos.com.br/phistoria.asp
www.unipilot.com/conteudo/AP_historia_02.asp
A PRATICAGEM


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